Quando a Culpa Fala Mais Alto: A Influência da Família nas Decisões Sobre Pensão Alimentícia
Ele saiu de casa.
Levou suas coisas, seus planos e a estabilidade que existia.
Ficou você, seu filho… e a dúvida: será que devo pedir pensão do jeito certo? Ou melhor deixar como está, para não criar confusão?
🎯 A pensão “do jeito que ele quer”
É comum ouvir histórias de mães que recebem pensão alimentícia “por fora”, sem acordo formal, sem valor fixo, quando o pai quer, como quer.
Na prática, é como se a mãe estivesse à mercê da boa vontade dele — e o filho, desamparado.
Mas por que tantas mulheres aceitam isso em silêncio?
🧠 A pressão invisível que impede a ação
A resposta está em um lugar mais profundo: a influência emocional da família e dos laços sociais.
Quantas vezes você já pensou…
- “Se eu entrar na Justiça, minha sogra vai me odiar.”
- “Minha cunhada vai dizer que eu só penso em dinheiro.”
- “Os amigos dele vão achar que virei inimiga.”
- “E se ele parar de visitar o filho por minha causa?”
Esses pensamentos imobilizam. E, pior: fazem com que você se sinta culpada por buscar o que é de direito do seu filho.
⚖️ Justiça não é vingança. É equilíbrio.
Buscar pensão alimentícia não é punição.
É garantir o básico: alimentação, escola, roupas, transporte, saúde.
Não é sobre você. É sobre seu filho.
A culpa que você sente não deveria existir. Ela nasce de uma estrutura que ensina a mulher a “não incomodar”, a “ser forte e aguentar calada”.
Mas nenhuma força justifica a injustiça.
📊 O que a lei prevê?
A pensão alimentícia pode — e deve — ser definida com base em:
- A necessidade da criança
- A possibilidade do pai
O cálculo da pensão alimentícia leva isso em conta.
A jurisprudência muitas vezes aplica de 30% – 1/3 da renda líquida, mas a porcentagem da pensão alimentícia pode variar conforme o caso.
Além disso, a falta de pagamento ou o pagamento irregular pode gerar consequências legais, como a prisão por pensão alimentícia.
⏰ O tempo passa, o prejuízo cresce
Quando o valor é pago sem acordo formal, sem data certa, a mãe perde o controle financeiro, e o filho deixa de ter estabilidade.
Organizar escola, uniforme, transporte, alimentação — fica impossível sem previsibilidade.
Quanto mais tempo isso durar, maior o impacto psicológico, emocional e financeiro.
💬 Você não está sozinha — e não é a vilã
Quantas outras mães pensaram exatamente como você?
Milhares. E muitas hoje reconhecem: o maior erro não foi buscar a Justiça. Foi ter esperado demais.
Você não é culpada.
Não é interesseira.
Não é inimiga.
Você é mãe. E mãe que luta não é vilã. É coragem viva.
📎 Este conteúdo tem caráter exclusivamente informativo e se baseia na legislação brasileira. Cada caso deve ser analisado por um profissional habilitado.